RUI HORTA PEREIRA
Évora, 1975
Formado em Escultura pela FBAUL, desde 2000 que o seu trabalho se centra sobretudo na escultura e no desenho, de como a construção do processo criativo não está desassociada da acção do criador, em todos os seus aspectos - sejam éticos, sociais, ambientais - bem como essa relação pode concretizar-se de forma eficaz. Expõe com regularidade desde 2010.
É representado pela Galeria das Salgadeiras.
Na primeira pessoa
“O meu trabalho criativo é indissociável do processo e da experiência. Concebo-o como um elemento de mediação, elemento privilegiado de ligação ao quotidiano, à ciência, à educação. Encaro-o como um poema automático ao qual escapa o sentido, que acolhe, ingenuidades, convicções, desejos, informações diversas, que procura explicações na mesma medida que procura explicar-se.
A motivação é o ato criativo, a descoberta, a tentativa, o erro, a aprendizagem e por fim o resultado. Conceitos e referentes caminham a par sem obediência ou prevalência de uns sobre outros. A intenção é manter ativa a espontaneidade, absorvendo interferências, questionando padrões de execução, debelando as armadilhas, jogando com o acaso, com o espaço, com a representação, com a luz.
Sinto-me como um equilibrista, um autor em permanente de-autorização.
A arte tem que comunicar livremente, tem que ser livre, livre do seu criador.” — Rui Horta Pereira
FORMAÇÃO | STUDIES
2000. Escultura. Faculdade de Belas Artes de Lisboa.
EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS | SOLO EXHIBITIONS
2022. “nem acaba nem começa”. Espaço Taj. Lisboa.
“Território translúcido”. Galeria das Salgadeiras. Lisboa.
“Laivo”. PIPA, Programa da Imagem e da Palavra da Azinhaga. Azinhaga.
2020. “A maioria das pedras não tem fôlego e etc”. Galeria das Salgadeiras. Lisboa.
2019. “Mapa Luga, uma Lacuna”. Centro Cultural de Cascais. Cascais.
2018. “Solaris”. Casa das Artes. Tavira.
“Eco”. Fundação Bienal Cerveira (Projecto Novos Artistas). Vila Nova de Cerveira.
“Mergulho”. Galeria das Salgadeiras. Lisboa.
“Opaco”. Biblioteca FCT NOVA. Costa da Caparica.
“Sono”. CIAJG. Guimarães.
2017. “Cenário” — Escultura Pública realizada no âmbito do festival Artes à Rua
com a associação Pó-de-Vir-a-Ser. Évora.
“Horas Vagas”. CaC. Ponte de Sor.
2016. “Hífen-Modo Composto”. CaC. Ponte de Sor.
“É”, curadoria de Nuno Faria. Fundação Carmona e Costa. Lisboa.
2015. “Erosão”. Convento Cristo. Tomar.
2014. “Água e um pouco de areia fina”. Museu de Arte Popular. Lisboa.
“Turvo”. Galeria 3+1. Lisboa.
2013. “Around”. Galeria Quadrum. Lisboa.
2011. “Remanescente”. Galeria 3+1. Lisboa.
“O Frágil culto do desenho”. Torres Vedras.
2010. “Tudo aquilo que cair da mesa para o chão”. Quase Galeria. Porto.
“Linda Fantasia”. Carpe Diem Arte e Pesquisa. Lisboa.
EXPOSIÇÕES COLECTIVAS | GROUP EXHIBITIONS
2022. “Salada”, com Mariana Gomes, Pedro Valdez Cardoso, Paços-Galeria Municipal de Torres Vedras.
“De cá para lá”, ´com Eduardo Freitas, Isaque Pinheiro, João Rolaça, Liliana Velho, Maja Escher, um projecto da Associação Pó de vir a ser, Évora em parceria com as Oficinas do Convento, Montemor-o-novo.
2021. “Pintura: campo de observação”, Curadoria João Pinharanda, Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa.
“Ponto de Situação”, Trabalhos Recentes Associação Pó-de-vir-a-ser, Évora.
2020. “Earthkeeping Earthshaking”, curadoria de Giulia Lamoni e Vanessa Badagliacca. Galeria Quadrum. Lisboa.
“Polifónica” — 3ª Residência de 2020, projeto expositivo de Rui Horta Pereira e Filipa Vala.
Porta 33. Funchal. Madeira.
2019. “Cúmulo-Nimbo” — Escultura pública, projeto desenvolvido com Maria Ilhéu para o Festival Artes à Rua – Mais sustentável. Évora.
“Ater”. Galeria das Salgadeiras. Lisboa.
“Studiolo XXI”, curadoria Fátima Lambert. Fundação Eugénio de Almeida. Évora.
“Apresentação de Caminho” — proposta para “Mais importante que desenhar é afiar o lápis”, seminário de Desenho, concepção de Nuno Faria. Porta 33. Funchal. Madeira.
“Call for Papers”, curadoria de Helena Mendes Pereira. Zet Gallery. Braga.
2018. “A Evolução do Braço”, curadoria Nuno Faria. Museu Municipal de Faro. Faro.
“Processos em trânsito/ Livros de Artista”, curadoria Sobral Centeno. CM Matosinhos.
2016. “Portugal em Flagrante, Operação 1”. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa.
“Os Índios da meia Praia”, curadoria de Abdul Varetti, mediação de Nuno Faria. Galeria 111. Lisboa .
OUTROS PROJECTOS | OTHER PROJECTS
2022. Riscar a cidade, Caderno na Rua, projecto de continuidade do Museu de Lisboa no âmbito da Bienal das Artes 2023 (EGEAC/ Plano Nacional das Artes) , Artista convidado.
Projecto 2litho, com Bernardo Bagulho, Arteria_Lab | Centro Magallanes_ICC para o Empreendimento de Indústrias Culturais e Criativas Colégio dos Leões – Universidade de Évora.
Projecto LABEUR (Laboratorio Espacial Urbano) e-migrantes urbanos Claudia Zavaleta, com Cláudio Garrudo e Rui Soares Costa.
Projecto “Saco de Pedras”, oficina portátil, Integrado nas Oficinas do Possível, Associação Pó de vir a ser, Évora.
2021. Apresentação “Corda Bamba”, Curso de Artes Plásticas, disciplina de desenho. ESAD Caldas da Rainha.
2020. Criação de serigrafias. Centro Português de Serigrafia. Lisboa.
Projeto de criação e produção de pratos cerâmicos originais. Cooperativa Árvore. Porto.
2019. Residência Morgado do Quintão e criação de Rótulo. Lagoa.
2018. Espaço Editorial, organização Maria do Mar Fazenda e Filipa Valadares. Drawing Room Lisboa.
FEIRAS DE ARTE | ART FAIRS
2021. Galeria das Salgadeiras, Just MAD Contemporary Art Fair. Madrid. Espanha.
“Beyond the shadow”. Galeria das Salgadeiras, Drawing Room Lisboa. Lisboa.
2020. “Tempo como assunto e matéria”. Galeria das Salgadeiras, Drawing Room Lisboa. Lisboa.
“ATER”, Galeria das Salgadeiras, Just MAD Contemporary Art Fair. Madrid. Espanha.
2019. “The game of logic”, Galeria das Salgadeiras, Just MAD Contemporary Art Fair. Madrid. Espanha.
2014. Galeria 3+1. Pinta London. Londres. Reino Unido.
2012. Galeria 3+1. Just MAD Contemporary Art Fair. Madrid. Espanha.
2011. Galeria Graça Brandão. Arte Lisboa. Lisboa.
COLEÇÕES | COLLECTIONS
Nacionais | Portugal: Coleção da Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian, Coleção Fundação Carmona e Costa, Coleção PLMJ, Coleção Berardo, Coleção Figueiredo Ribeiro, Coleção Luís Ferreira, Coleção Arte Contemporânea Tróia Design Hotel, Coleção do Estado.
Internacionais | International: Coleção Tiqui Atencio (Mónaco), Coleción Art Fairs SL (Espanha), Coleção Carlos Garaicoa (Espanha), e Coleção Regina Pinho (Brasil).
SITE
https://rhortapereira.wixsite.com/ruihortapereira
ENGLISH
Graduated in Sculpture by FBAUL, since 2000, his work has been mostly focused on sculpture and drawing, and the ways the artistic process is not detached from the artist’s, the creator’s, actions in all its ethical, social, environmental dimensions, and on how this relationship can be made successfully. He has been exhibiting regularly since 2010.
Represented by Galeria das Salgadeiras.
Artist’s statement:
“My creative work can not be separated from the process and the experience. It is conceived as a mediation element, a privileged element to connect the everyday to science and to education. I see it as an automatic poem from which the meaning escapes, that welcomes ingenuity, convictions, wishes, various information, that looks for explanations while it tries to explain itself.
My motivation is the creative act, the discovery, the trial, the error, the learning process, and, finally, the results. Concepts and symbolisms walk hand in hand, not obeying or ruling each other. The intention is to keep the spontaneity alive, absorbing interferences, questioning execution patterns, conquering the traps, playing with chance, with space, with representation, with light.
I feel like an equilibrist, a permanent author of deauthorization.
Art must communicate freely, it has to be free, free from its creator.” — Rui Horta Pereira
Bibliografia
Almeida, Marina, “O Discreto transformador da matéria sobrante”, Diário de Noticias, Artes, 10/08/2017
Faria, Nuno, “Copiar é uma ideia barata, O projecto global de desenho de Rui Horta Pereira”,
Texto do catálogo da exposição “É” realizada na Fundação Carmona e Costa entre 9 de Janeiro e 20 de Fevereiro de 2016
Fazenda, Maria do Mar, PAPELEO, Portefólio Português 2, Cuadernos Drawing Room, 2018
Lambert, Mª de Fátima, “Silêncio,desenho e alma da matéria” , texto da brochura da exposição Tudo aquilo que cair da mesa para o chão, 2010
Lambert, Mª de Fátima, “Remanescendo”, Programa Molduras;
Matos, Ana, Texto folha de sala exposição “A maioria das pedras não tem fôlego e etc”, Galeria das Salgadeiras, Lisboa, 2020;
Matos, Ana, Texto folha de sala exposição “Mergulho”, Galeria das Salgadeiras, Lisboa, 7/06 a 28/07/2019
Martins, Celso, sobre a expo “Around” - suplemento Actual de 30 de novembro de 2013;
Martins, Celso, “Apagar para revelar”, Jornal Expresso - Suplemento Actual, 7 Fev. 2009
Martins, Celso, “Arte na Avenida”, Jornal Expresso - Suplemento Actual, 25 Julho 2009
Oliveira, Filipa, texto da exposição Junho Das Artes, Óbidos, 2010
Oliveira, LuÍsa Soares, Texto folha de Sala da exposição “Mapa Luga, uma lacuna”, Centro Cultural de Cascais, 2019
Parreira, Sérgio, Entrevista ArteCapital, 14/03/2019
Pereira, Helena, Texto da exposição “Call for Papers”, 12/01 a 2/03/2019, ZetGallery, Braga;
Ponte, Catarina da, Entrevista da brochura da exposição “Erosão”, Convento Cristo Tomar, 2015;
Porfírio, José Luís, Texto sobre a exposição “A Maioria das Pedras não tem fôlego e etc”, Revista do Jornal Expresso, 2020;
Porfírio, José Luís, Texto sobre a exposição “Mergulho”, Revista do Jornal Expresso, 2018;
Reis, Paulo, O desenho como dimensão do tempo, texto da exposição “Artificializar”, Giefarte, Lisboa, 2009;
Sousa, Rocha de, Desenhar e Artificializar, Jornal de Letras, 10 Março 2009.